quinta-feira, maio 01, 2008

À mãe de qualquer sítio e tempo...





Ando demasiado apegado ao trivial e sem sentido,
quase como se fosse a mariposa junto à fogueira,
em jogo de queimar asas, voos de brincadeira,
esquecendo realidades de sublime significado,
entre elas o valor de um ser que se chama mãe...
De tanto viver com ela, fiquei especado e contido
na soleira da minha morada de alienação e comodismo,
desarreiguei meu olhar dessa incomparável progenitora!
Andei e desandei por caminhos de dor e desdém,
quando ela me esperava, cheia de esperança e saudosismo,
espraiando seus olhos pelo crepúsculo e aurora redentora.
Mas, com tantos anseios guardados,
chamou-me pelo meu nome de menino,
sorriu para os ventos e bonança,
que me levaram a notícia da sua ansiedade,
e segredou-me, já os dois abraçados,
que se lembrava dos meus beijos de criança,
que me queria com amor divino,
que igual à sua não há outra amizade.
Vergado pelo testemunho dessa deusa incomparável,
não sei dizer outra coisa que não seja,
à luz de qualquer olhar que veja,
soletrar: MÃE, ÉS ÍMAN, ÂNCORA INABALÁVEL!