sábado, novembro 26, 2005

relógios, tempo e vida...



Até ao momento, Novembro 2005, cinco relógios tive,
e sempre de desenrasque para os momentos da vida!
Ora adiantavam, ora atrasavam, à entrada ou à saída,
enfim, ninguém mede exactamente o tempo que vive!
O primeiro, foi o Viergines, de estimação,
aos treze anos paternamente oferecido;
depois veio o Zinal, automático de precisão,
na média juventude, que trazia mesmo calendário;
adulto feito, adquiri um Breitling, para mergulho, à prova de água;
seguiu-se-lhe um Electronic, adulto valente e afoito,
num feirante chinês regateado e adquirido;
já adulto sensato, adquiri um Lorus, que biscoito!,
desportivo, com números árabes no mostruário!
Mas o que eu adorava era o chinês, perdido com grande mágoa!

3 Comments:

At segunda-feira, 28 novembro, 2005, Anonymous Anónimo said...

Curiosa confissão...
Nunca tinha pensado nisso com tanta acuidade...
Se bem me lembro, sempre fui avesso a relógios, principalmente de ponteiros, com os números alinhados centriptamente, que iludiam a minha leitura. Por outro lado, os relógios digitais são pouco elegantes e distintos - com as horas e minutos e segundos descaradamente e displicentemente marcadas... Mas para quem sente estes constrangimentos já existe o relógio de dupla função: ponteiros e digital, (confesso ter optado por este).

Ainda que discorrendo tanto texto, com ou sem ponteiros, em boa verdade, sempre fui avesso ao tempo… De maneira que, não me dou particularmente bem com relógios e medidores temporais afins… gosto de pulso livre, de paredes descomprimidas, de catedrais, torres e outros monumentos sem os penosos ponteiros resinentos sentenciando o tempo dos viventes… tomara que o único relógio necessário fosse, tão só, a posição do astro mãe, verdadeiro mentor do primeiro relógio - com um só ponteiro.
Mas, como não se consegue perspectivar o sol no pulso, vão-se criando pequenas réplicas, mais ou menos luzentes, para controlar, de perto, o astro e seus seguidores…

Com todo o respeito, adivinho-o entre tais seguidores… E, muito lamento que tenha perdido o seu relógio chinês: uma criação da terra onde o sol nasce (sem dúvida o mais fidedigno).

Cronos

 
At terça-feira, 29 novembro, 2005, Blogger ChFer said...

Para o Anónimo CRONOS:
Obrigado pela visita. Bem-vindo!
Viva! Julgo que estou perante um dos raros seres humanos que se podem arrogar os títulos de,na expressão de D. Hameline (citado num Post de 03.Maio.2005),Doctus, Peritus e Sapiens! E está tudo dito!
Gostei das suas conceptualizações CRONOlógicas, e, à sua semelhança, também me deixo reger pela "posição do astro mãe", esse Sol que não posso trazer nem no pulso, nem no bolso!
Mas acho que já os dois sonhámos com isso: sol na mão e na algibeira!
Um abraço.

 
At terça-feira, 15 agosto, 2006, Anonymous Anónimo said...

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