domingo, abril 01, 2007

A necessitar de explicitação...

Para testar o vocabulário de Alunos do Ensino Superior organizei um texto subordinado ao tema que se segue.
Surpreendente o resultado: ninguém conseguia desvendar o "significado oculto" de palavras tão "raras". - Tão raras? Então façam um esforço!
Só com a utilização de Dicionários e Enciclopédias se chegou a saber o que verdadeiramente queria dizer o texto.
Pergunto: esoterismo a mais ou necessidade de explicitação de termos que deveriam fazer parte de uma cultura própria de quem frequenta Cursos superiores tradicionais ou Cursos integrados no Processo de Bolonha? Concluo que uma técnica de explicitação está a ser mesmo necessária a todos os níveis do nosso País!

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MULTICULTURALISMO HODIERNO?

É tão esotérico e diáfano o âmago dos povos, que nos é possível questionar a existência de uma homogeneidade, quer onto, quer filogenética dos mesmos. Em boa verdade, o multiculturalismo assenta antes na heterogeneidade atitudinal e no psicocentrismo do domínio ou região, do que na idiossincrasia constitutiva e temperamental da homologia verosimilhante daqueles.

Porquê um multiculturalismo tão psitacista e díspare? Talvez os homens reúnam, na sua egolatria insondável, o que os deuses agregam na multivariância dos seus devotos teófilos. Mas a vida polifacetada, utilitária e instrumentalófila, é exactamente o antídoto contra a letal uniformidade, balizada pela assunção do antidesertismo individual e, bem assim, contra o indizível regorgitar de nanismos sociológicos e microcefalias colectivas.

Convergência ou assimptotismo para o multiculturalismo contemporâneo? Desiderato de uma auto-imposição do sujeito epistemológico ou conscientismo subjectivo de cada um dos humanos?

Procura uma resposta, pessoal ou grupal, na recôndita cripta do teu léxico académico.
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(Divirtam-se com as palavras, mas sobretudo com o seu linguajar!)