sexta-feira, julho 21, 2006

Sincronismo dessincronizado…

Nove horas e trinta minutos,
uma hora fraccionada, nem nove, nem dez!

E pedem-nos para estar a uma meia-hora,
precisamente a tal hora não inteira, mas dividida…

Os homens, em momentos resolutos,
não andam com metade dos seus pés,

antes equacionam a integridade do aqui e do agora

para seguir em frente, cara ao vento e bem erguida,
como seres decididos e impolutos!

Assim, de meias-horas está o tempo adiado,

como se jogássemos em roleta de meias cores.

O ritmo de vida passa de sincrónico a dessincronizado

e apenas se vive de meios termos para o sonho e os amores.

Porque não adoptar horas inteiras

para início de projectos ou outras actividades?

Será que os referenciais de execução,

para qualquer tarefa ou modelo de organização,

não conseguem ter por companheiras

a rentabilidade e a convergência entre realidades?

Quem é de meias-horas é como se fosse de meia jornada:

desconta no final ou no início da meia,

quando se impõe o tempo total!

Efectivamente, aprisiona-se o tempo com peia,

qual cavalo que não corre por ter a alma desalmada!