sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Janela de esperança


Aquela senhora vem todos os dias à janela...
E que vê ela?
Transeuntes apressados,
sol radiante ou nuvens de chuva,
certezas ou incertezas de um mundo climático ou humano,
o desejo de dias melhores,
confrontado com realidades piores,
a aurora ou o crepúsculo de distintos acontecimentos!
E lá no íntimo de seus pensamentos,
anseia por uma Terra de humanidade,
onde a voz da mentira, do ludíbrio e do engano,
ceda o lugar à verdade do ser,
ao respeito pelas crianças,
pela condição de mulher,
pelas canseiras da gente laboriosa...
Lá, naquela solitária janela,
desde a qual o seu olhar tudo alcança,
aquela enigmática mulher,
tão verídica como o cheiro da rosa,
não se cansa de esperar,
porque a sua janela,
entre a aurora e o luar,
é uma janela de esperança.