segunda-feira, abril 13, 2009

Sincronismo dessincronizado



Nove horas e trinta minutos,
uma hora fraccionada, nem nove, nem dez!
E pedem-nos para estar a uma meia-hora,
precisamente a tal hora não inteira, mas dividida…
Os homens, em momentos resolutos,
não andam com metade dos seus pés,
antes equacionam a integridade do aqui e do agora
para seguir em frente, cara ao vento e bem erguida!
Assim, de meias-horas está o tempo adiado,
como se jogássemos em roleta de meias cores.
O ritmo de vida passa de sincrónico a dessincronizado
e apenas se vive de meios termos para o sonho e os amores.
Porque não adoptar horas inteiras
para início de projectos ou outras actividades?
Será que os referenciais de execução,
para qualquer tarefa ou modelo de organização,
não conseguem ter por companheiras
a rentabilidade e a convergência entre realidades?
Quem é de meias-horas é como se fosse de meia jornada:
desconta no final ou no início da meia,
quando se impõe o tempo total!
Efectivamente, aprisiona-se o tempo com peia,
qual cavalo que não corre por ter a alma desalmada!
Tempo desbaratado? Insucesso fatal!



De FCA, in Utopias Reais, a publicar